Esse livro é feito para leres conforme teu desejo: abra-o em qualquer página e siga a leitura para entreter-se na profundidade que achares mais conveniente.
É provável que o download do livro seja ilegal, contudo, me permito essa libertinagem no link abaixo, e o texto que sucede o link são trechos que coletei ao longo da leitura.
O mais simples é o mais difícil.
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Como escolher seus pensamentos? Como distinguir os que são animados de compaixão, gentileza e amor dos que são comandados pelos venenos do espírito? Como reconhecer suas próprias intenções?
Não escute, acima de tudo, o que diz o pensamento. Esteja mais atento a seu ritmo, a sua melodia, a seu timbre, a seu acento.
Ele é rápido, violento, agudo? É lento, pesado, ardente? Frio, seco, insensível? Assustado, agitado, disperso? Meloso, maçante, irritante?
Ou se eleva livre, preciso, leve, alegre, pacífico? Medite. Escute sem parar.
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Escute seus pensamentos, escute-os sem parar. Este aqui não está centrado na agressividade? E aquele outro, não é de cobiça? Será que você não está lançando um conceito tosco sobre uma sensação singular? De tanto observar os pensamentos, podemos distinguir cada vez melhor sua cor, gosto, textura, música. É possível reconhecer os venenos do espírito tão logo eles aparecem.
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Eis a condição humana: somos sozinhos, perdidos, temos dor e uma imensa necessidade de amor. Todo o resto é construção artificial.
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Não olhe para o que você vê. Sinta o que a visão faz no seu coração.
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Amar é o verdadeiro prazer. Estar na terra e caminhar sem conseguir amar é o sofrimento supremo. Os malvados sofrem por não amar. Sofrem por fazerem mal.
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“Ame o próximo como a si mesmo!”
É o enunciado de uma relação imutável, quase matemática entre o amor de si e o amor do próximo: você sempre amará o próximo como ama a si mesmo.
Se você se ama mal, assim o amará. Quanto mais for capaz de se amar, mais será feliz, e melhor poderá amar o próximo. Você é o mais próximo de todos os seus próximos.
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Você é o instante e nada mais.
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E inútil apegar-se ao que quer que seja, uma vez que a existência está sempre disponível. Ao nos apegarmos a um objeto ou a uma qualidade particular da experiência, fugimos de todo o resto.
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Estar aí.
Ser o que aí está.
Nada serve mais para nada.
Nada mais é calculado.
Liberdade.
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O sofrimento físico nos adverte quase sempre de emoções ocultas: algo não vai bem. Estamos demasiado longe, ainda muito longe de nós mesmos.
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Os sábios nada têm a ver com vencer: eles vivem. A vida é tão mais bela, rica e verdadeira do que a vitória! A vitória só é sinal, aparência, ego. Só o amor penetra na plenitude e na continuidade da vida. Aos insensatos, que não conseguem atingir a riqueza da existência nada mais resta senão a vitória. E com a vitória eles só conservam a vaidade.
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A sociedade não cuida das almas, da vida interior, da existência real. Ela só exige uma coisa: cuide das aparências. Se você é capaz de manobrar seu inferno interior seguindo as regras, ela se satisfaz. Então, peço, “eu”, que seu próprio “eu” deixe o inferno e o paraíso. Esqueça as aparências.
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Escute seu discurso íntimo.
Que nobreza há em se cobrir de vergonha, em se justificar, em criticar os outros, em calcular seus efeitos?
Abandone tudo isso e comece a se amar, a se amar exatamente como você é. Deixe o sofrimento.
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Só sofremos porque nos apegamos a algo. Mas podemos descobrir que aquilo a que nos apegamos é só um pensamento e que os pensamentos são como sonhos.
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“Satã”, em hebraico, significa “o acusador, o caluniador”.
O diabo quer nos persuadir de que “a causa do mal” é sempre uma pessoa. Mas o diabo é a única causa do mal, uma causa que, justamente, não é ninguém, senão um mecanismo impessoal e enganoso que nos ilude, fazendo-nos crer que há sempre um culpado.
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Aquele que perdoa é o primeiro beneficiário do perdão.
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O malvado, ou o morto-vivo, se deixa reconhecer por uma marca infalível, que, bem mais do que uma marca, é a própria essência da maldade: embora faça tudo para dissimular, ele é frio.
Os malvados não amam. Fogem da ternura, dos afagos, da intimidade, do humor. Tudo está na imagem, até o amor. O malvado (ou a malvada) beija como se devorasse uma presa.
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Eles só lhe fazem mal porque foi você quem lhes deixou o campo livre para o ataque. Se você estivesse estado totalmente presente, se tivesse vivido em plena consciência, não teria se exposto ao sofrimento. Você não é vítima, mas sim voluntário.
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Você só tem os mestres que quer, aqueles que você escolhe. O mestre, portanto, é sempre você mesmo.
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Amarás o próximo como a ti mesmo. Certo. Mas e se você não se ama?
Não faças com os outros o que não queres que façam contigo. Perfeito. Mas e se você não consegue sentir o que fazem com você?
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Vocês já extraíram os dentes do siso?
Lembram o que sentiram quando a anestesia acabou? Eis o que pode lhes acontecer, mas numa escala muito mais ampla, no dia em que vocês decidirem se engajar no caminho espiritual.
Pois, em primeiro lugar, o que está em jogo nesse caminho é sentir as emoções aqui e agora. Todas as emoções que até então não foram sentidas em plena consciência se materializaram no mundo de vocês, em seus corpos, na rigidez de suas almas.
Quando vocês despertarem, a fluidez reencontrada os invadirá com uma violência inaudita. Eis o primeiro choque da “conversão”. Quando vocês tiverem se sentido exatamente como são, como vibram e sofrem, só então é que passarão a existir, na verdadeira acepção do termo. O ego, sua “identidade”, é o que vocês construíram a partir de sua inexistência, de sua anestesia, da cegueira e da surdez às verdadeiras necessidades da alma.
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Qual o sentido da vida? Estar presente! Essa “resposta” tenta despertar o dorminhoco que faz essa pergunta.
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Olhe para a merda do mundo.
É exatamente a mesma merda que há em você: a besteira, a cobiça, a raiva, a violência, a arrogância, o ciúme, o medo, a autodestruição, a vergonha. Se você se culpa, você é só um covarde. Se acusa os outros, o mundo, o sistema, os estrangeiros, e sei lá o que mais, você é um verdadeiro covarde. Mas se
você se recusa a ver a merda, você é o pior dos covardes. A coragem está em ficar na merda. Trabalhar com ela. Aceitá-la tal como é. Ver que é vazia. Sentir no mais íntimo que a merda é um sonho de merda.
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Cadáver, conhece a ti mesmo!
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Olhe para tudo o que lhe acontece como se já estivesse morto.
Que alívio, que leveza!
Você não precisa nem mesmo se suicidar. Contente-se em matar o ego.
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Somos sós. Sós com Deus, sós com o mistério do ser, sós com nossa consciência. Somos o instante único, essa janela aberta para o todo e a eternidade.
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Você, Deus, Eu, pergunte-se a cada instante: “Que mundo estou criando?”
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Este livro é uma mensagem que sua alma envia a si mesma.
É você quem escreveu este livro e o está lendo, agora, para ajudar sua alma a se encontrar.
Quem é você?
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Onde estamos? Estamos sempre em nós mesmos. Estamos sempre em nossa experiência, exatamente no mesmo lugar, sempre no mesmo lugar. Não somos nem nosso corpo, nem estamos em nosso corpo. O corpo designa simplesmente uma zona privilegiada de nossa experiência, de nosso mundo.
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Abandone todas as teorias, todos os métodos, todas as religiões, todas as idéias: o que está acontecendo em sua vida, aqui, agora?
Onde está você? O que está fazendo de sua vida?
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Renuncie a tudo e você não terá medo de mais nada.
Você nao quis nada Disto, e é isto que acontece, continuamente.
Não quis nem mesmo sua vontade. Então que sua vontade acabe de vez, e Isto virá a ser a sua vontade.
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Quer saber o segredo da felicidade eterna? Ei-lo: você já o possui.
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