Uma das lendas mais conhecidas da mitologia hindu é a de Ganesh, que remove qualquer obstáculo. O indiano Lakshmi Mittal, dono da Mittal Steel, maior siderúrgica do mundo, vive em Londres há 30 anos, mas é fiel s origens. Na semana passada, em sua primeira visita ao Brasil, ele trouxe um amuleto. Era um escapulário com a imagem de Ganesh, um deus representado com tromba de elefante. Essa era apenas mais uma peça no arsenal de Mittal para dobrar o governo brasileiro. Depois de desembolsar US$ 38,3 bilhões para fundir a Mittal com a francesa Arcelor, que controla no Brasil empresas como Belgo-Mineira, CST e Vega do Sul, o bilionário indiano pode ver esse negócio naufragar por conta de uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários. Encarregada de proteger os acionistas minoritários das siderúrgicas nacionais, a CVM cobra de Mittal uma oferta pública pelas ações negociadas no País – tal qual aconteceu na Europa. Se essa decisão se confirmar, a transação ficará US$ 5 bilhões mais cara. Mittal, porém, não trata o negócio como uma aquisição. “É uma fusão de iguais”, disse, com exclusividade, ao editor Leonardo Attuch, da DINHEIRO, na única entrevista que concedeu (abaixo).
Aguém tem dinheiro nesse mundo.
Esse cara aí é um deles…