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Assustador o tamanho de nossa doença… direto do site do Fantástico:
Começa, neste domingo (4), uma reportagem especial: um documento sobre brasileiros que perderam a infância para a criminalidade. Meninos e meninas que se envolveram com drogas, tráfico, roubos, assassinatos.
Em dez anos, o contingente de menores que ingressaram em prisões, centros de reabilitação e internatos cresceu quase 400%. São cerca de 60 mil adolescentes que cometeram algum tipo de infração. Que histórias eles têm pra contar?
Rogério* tem apenas 12 anos. Preso pela segunda vez, jura inocência. Diz que não estava roubando e promete que não vai mais usar crack. Catarina*, de 16 anos, confessa um assassinato com uma frieza impressionante. E Leandra*, traficante também com 16 anos, está grávida. Vai ter o bebê dentro da cadeia.
O que vai ser da vida deles? Leandra, Catarina e Rogério fazem parte de uma geração perdida. São personagens principais de cenas assustadoras cada vez mais comuns na vida das grandes cidades brasileiras.
Durante três meses, o repórter Eduardo Faustini ouviu as histórias dessas crianças, que perderam a infância para o crime. Hoje, 17 mil adolescentes estão presos. Outros 43 mil prestam ou serviços comunitários ou cumprem obrigações que são monitoradas pela Justiça, como freqüentar a escola e não sair de casa à noite.
O repórter esteve no Paraná, estado considerado modelo. Esteve também no Ceará, onde as cadeias estão superlotadas. Percorreu prisões, acompanhou audiências e julgamentos nos tribunais da Infância e Adolescência. Entrevistou mães desesperadas por causa do vício dos filhos e famílias destruídas pela violência dessas crianças. Dramas que reabrem a discussão sobre o tempo máximo de pena estabelecido pela lei que pune menores infratores.