Correram comigo das Escolas

@ eumigo, comigo mesmo

Marek Neuwiem

O texto abaixo é de autoria de meu Pai, e compartilho com vocês por achar um momento propício para a reavaliação de alguns de nossos conceitos.

Na íntegra:

No dia 19 de Abril de 1949 embarcamos num navio em Nápoles (Itália).

No dia 25 de Abril de 1949 fiz 11 anos embarcado nesse mesmo navio.

No dia 02 de Maio de 1949, ao amanhecer, avistamos a terra brasileira. Observamos muitas rochas, e medida que o navio se aproximava percebíamos que as rochas tinham buracos. Quanto mais o navio se aproximava mais detalhes percebíamos e os buracos eram quadrados e então finalmente percebemos que eram prédios.

Ficamos maravilhados com o cenário: prédios enormes, cardumes de peixes rondavam nosso navio e enormes peixes pulavam da água por fim a natureza era exuberante em tudo.

No dia 03 de Maio de 1949 fomos levados, por pequenas embarcações, até a ilha das Flores. No dia seguinte fomos tomar banho de mar e os cardumes nos rodeavam e novamente ficamos maravilhados pela exuberância da natureza. Dessa ilha, avistávamos um aeroporto, onde a cada 5 ou 10 minutos os aviões levantavam vôo e novamente ficamos encantados com o cenário.

Quando pela primeira vez em terra firme, comemos pão branco tivemos a impressão que aquele seria a única vez que teríamos a oportunidade de comer algo tão saboroso. Mais tarde descobrimos que teríamos a oportunidade de comer esse mesmo pão todos os dias e ficamos felizes por mais essa benção. O arroz branco, que na época da guerra era destinado eminentemente aos doentes, aqui no Brasil era oportunidade de todos e vontade e novamente agradecemos pela benção.

Meu pai, filho bastardo de um barão Alemão com uma empregada polonesa, foi preso pelos alemães durante a invasão da Polônia no início da 2ª. Guerra Mundial. Quando os nazistas perceberam que havia um alemão (Rudolph Neuwiem) no campo de concentração eles investigaram a origem dele e logo o libertaram. Entretanto, a liberdade teve um preço: a obrigação de vestir a farda Nazista sendo então obrigado a lutar pelo lado Alemão da guerra.

Ficamos três semanas na Ilha das Flores, e então fomos encaminhados para Blumenau.
Em Blumenau, freqüentei a Escola Básica Municipal Machado de Assis. Ainda lembro hoje, da satisfação que tínhamos ao cantar o Hino Nacional Brasileiro ao chegar escola. Ao entrar na Sala de Aula rezávamos: Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai…

Naquela época o banditismo era inexistente nas escolas porque aqueles que não tinham a oportunidade de rezar em casa rezavam na escola. Deus entrava no coração das pessoas através da escola.

Dia desses, conversando com uma professora ela me contou que ainda rezava com os alunos em sala de aula, e fiquei maravilhado por isso: ainda tínhamos uma chance. Mas mal acaba ela de dizer isso ela esclarece que acabara de receber uma notícia proibindo a oração em sala de aula.

Deduzo que a única origem dessa ordem são as religiões que se dizem cristãs, mas guardam raiva da Igreja Católica, qual seria outra explicação? E me pergunto: como conseguiram isso?
E ainda se perguntam por ai: Por que temos tanta insegurança nas escolas?
Parece-me muito claro a origem de tudo isso.

Está escrito: “No fim surgirão os falsos profetas que enganarão até mesmo o povo escolhido” e estes são os responsáveis pela proibição da oração nas escolas. Os falsos profetas também são os mentirosos, e segundo a bíblia são os filhos do Diabo. Vejo que atualmente o Brasil tem muitos exemplares desses: políticos, religiosos, enfim todas as classes contemplam exímios exemplares.

De nada adianta o governo enviar tropas, bem ou mal armadas para as ruas: o efeito sempre será inócuo. Se não colocarem Deus no coração dos pequeninos e adolescentes e por conseqüência dos adultos: todos perecerão.

Cristo em sua mensagem é muito claro: Eu vos dou a paz que o mundo não pode dar.
E vocês? O que fizeram comigo?
Correram comigo das escolas.

É na vida mesmo!, Capivarou!

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